Turi Collura

REARMONIZAÇÃO e ENRIQUECIMENTO HARMÔNICO: Qual a DIFERENÇA?

Qual é a diferença entre Rearmonizar e Enriquecer harmonicamente uma melodia? Este é o assunto que vamos tratar neste post.

Sublinhando algumas ideias sobre o tema
A rearmonização nós substituímos a maioria dos acordes da música, criando um tecido harmônico e percursos novos. Já, no enriquecimento harmônico, respeitamos o caminho original e empregamos um certo número de acordes que “preparam” ou “expandem” a harmonia de partida. Esse foi o caso que vimos no vídeo, em que utilizamos dominantes secundárias para preparar a chegada de cada acorde diatônico da harmonia original.

A melodia é quem manda!
É importante sublinhar que a harmonia está sempre em relação com a melodia! Ao pensarmos em enriquecer o tecido harmônico, precisamos sempre respeitar a melodia. Assim, por exemplo, o emprego dos acordes de dominante secundárias empregados no vídeo acima, foi possível porque a melodia não criava nenhum “choque” – por exemplo constituindo o sétimo grau maior do acorde colocado.

Quantas maneiras existem de harmonizar ou rearmonizar?
Podemos dizer infinitas? Digamos que são muitas. Entre harmonizações tonais e não-tonais, combinando os acordes de várias formas, são realmente muitas as possibilidades à nossa disposição!

VAMOS ALÉM?

Nesse segundo vídeo pudemos observar que (se a melodia permitir) é possível enriquecer mais ainda a harmonia utilizando movimentos secundários II-V. Comparada com a versão “original” (isto é, a harmonia diatônica que foi o nosso ponto de partida), essa segunda versão se tornou muito mais interessante.

O Ritmo harmônico
De forma muito prática, podemos chamar de ritmo harmônico a quantidade de acordes que temos por compasso. Dito de outra maneira, a densidade dos acordes tem a ver com o ritmo harmônico (chamamos a isso, também, de marcha harmônica).
É importante que o ritmo harmônico seja coerente, nas nossas harmonizações (seja no processo de enriquecimento harmônico, seja no processo de rearmonização).

Concluindo
Para além da teoria e das “regras”, o que vale é o “bom gosto”. Mas sabemos que isso é algo subjetivo, certo? Então, ao fazer uma harmonização, procure ver se ela soa bem ao seu ouvido, se satisfaz o seu gosto estético. Talvez essa seja a coisa mais importante a ser observada.

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