Turi Collura

Piano Erudito ou Popular: percursos didáticos e oportunidades

“Piano Erudito ou Popular?” 
Essa é uma pergunta que acompanha, desde sempre, a vida de quem estuda piano
 e também de quem ensina.

“O que é melhor, Piano Erudito ou Popular”? “O que é mais fácil, Piano Erudito ou Popular”? Alunos que desejam começar a tocar perguntam esse tipo de coisas e recebem as respostas mais diversas.
Por outro lado, os professores de piano têm opiniões diversas sobre essa questão.

Hoje eu quero compartilhar com os meus colegas professores de piano alguns pensamentos sobre essas duas abordagens de ensino, que podem oferecer oportunidades para os colegas mais atentos.

Não importa se damos aula em casa, numa sala comercial ou numa escola de maior porte, todos nós temos, diariamente, grandes desafios e oportunidades!

A verdade é que recebemos alunos de todo tipo e de toda idade. Entre vários perfis, encontramos aqueles alunos que desejam aprender a tocar piano (ou teclado) movidos pela imitação de um determinado ídolo pop, para se divertir tocando com os amigos; têm aqueles que desejam tocar as músicas da MPB, de Tom Jobim; têm aquele que gosta de Elton John, outro que gosta de compor ou de improvisar. E tem, também, aquele que gosta de aprender piano erudito por achar que vai tocar Chopin em poucas semanas de aula!

A verdade é que a música não tem barreiras. Ela só precisa ser bem estudada. Precisa que o estudo seja feito com seriedade.

Enquanto os grandes compositores da música erudita improvisavam com propriedade, hoje a prática da improvisação é “confinada” ao que chamamos de popular. Porque? A improvisação, é sem dúvida, uma atividade muito útil para o ensino musical, o entendimento da harmonia, o domínio da forma musical entre outras coisas.

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Nós professores precisamos ser ecléticos para lidar com os perfis diferentes dos alunos. Isso significa que precisamos ter um grande jogo de cintura e muitas cartas na manga para as nossas aulas (acho que isso acontece com a maioria de nós, não é?). Quanto mais habilidades temos, maior a probabilidade de podermos atender esse ou aquele aluno.

Certamente essa questão do “piano erudito ou popular” pode ser analisada sob diversos pontos de vista. Mas uma coisa é certa! Os professores que conseguirem aproveitar “o melhor dos dois mundos” serão certamente os vencedores!

Aqueles que conseguem transitar entre repertórios e atividades diferentes conseguem tornar o estudo mais abrangente. De um lado, a área chamada de “popular” oferece oportunidades de trabalhar a criatividade, a improvisação, a capacidade de se fazer arranjos para músicas de diversos gêneros. A técnica e a leitura da partitura, por outro lado, ignoradas por aqueles que não tiveram um percurso “erudito”, enriquecem os estudos de quem aborda a aprendizagem a partir das suas músicas populares.

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