A reflexão de hoje diz respeito a “o que é piano popular”?
Como definir a sua área de atuação e como dar aula disto?
A reflexão de hoje diz respeito a “o que é piano popular”? Como definir a sua área de atuação e como dar aula disso?
A primeira reflexão que vem à minha mente, ao falarmos de música popular, é a de que com esse nome estamos nos referindo a um campo muito vasto, que engloba desde a música de cunho folclórico até o jazz mais sofisticado, passando pela música dos Beatles, pelo Rock, pela música de Tom Jobim, pelo Blues, pelos choros de Pixinguinha, colocando, ainda, dentro desse caldeirão as canções de Ed Sheeran, Vanessa da Mata, Coldplay, para fazer apenas alguns nomes!
É claro que cada gênero musical possui suas peculiaridades e características, sejam elas rítmicas, harmônicas, estilísticas, etc.
Surge, então, a necessidade de “traduzir”, isto é, de “transportar” a música popular para fazer adaptações para o piano. Para fazermos isso, precisamos desenvolver conhecimentos e habilidades específicas que, muito frequentemente, os programas de estudos dos Conservatórios não contemplam.
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Quais são as habilidades que o piano popular pede ao professor?
Uma das habilidades que o professor de piano deve desenvolver é o domínio da rítmica (pensemos, por exemplo, na necessidade de “traduzir” ao piano um baião, um frevo, uma bossa nova, um rock). Cada gênero possui certas conduções rítmicas que, muitas vezes, precisam ser “adaptadas” ao piano. Podemos desenvolver os estudos rítmicos? Certamente! Isso é algo interessantíssimo e eu tenho caminhos validados para desenvolvermos isso!
Outro elemento que precisamos dominar é o da harmonia. Precisamos adaptar às teclas a harmonia de uma determinada música de modo que “fique bonita”. É claro que cada gênero possui harmonias características (pensemos, por exemplo, nos “power chords” do rock, nas harmonias rebuscadas da bossa nova ou nos acordes do jazz). Saber colocar as harmonias de forma que soem bem requer um estudo dedicado e super interessante. Nada que, bem organizado, não possa ser feito em um tempo bastante contido.
Piano solista ou acompanhador?
Outra questão que se põe, para mim muito importante, diz respeito ao fato do piano ter múltiplas facetas: ele pode ser tanto um instrumento solista bem como um instrumento acompanhador. Dentro do âmbito do acompanhamento, ainda, podemos distinguir entre situações diferentes (o piano pode ser o instrumento acompanhador principal, como no caso de um piano e voz; em outras circunstâncias, o piano pode estar inserido em um grupo ou banda, onde o seu papel se torna outro).
E a improvisação?
Esse é um “ingrediente” muito importante da música popular. Quando nos referimos à improvisação estamos, de fato, entrando numa área que diz respeito a múltiplas competências, mas que pode ser abordada desde o começo da educação musical. Surge, com a improvisação, uma oportunidade fantástica para os professores de música: de fato, podemos utilizar a improvisação para alcançarmos resultados incríveis sob vários pontos de vista! Abordo isso no meu post A Improvisação em sala de aula.
Para concluirmos essas breves reflexões sobre o Piano Popular, aqueles professores que ampliam a sua oferta de propostas didáticas para abranger um público variado conseguem aumentar consideravelmente o seu número de alunos.
Além disso, conseguem impactar os seus alunos de forma diferente, tornando as aulas mais dinâmicas e atrativas, trazendo a improvisação, a composição, a rítmica para o acompanhamento em repertórios diferentes para a sua sala de aula!
Além disso, conseguem impactar os seus alunos de forma diferente, tornando as aulas mais dinâmicas e atrativas, trazendo a improvisação, a composição, a rítmica para o acompanhamento em repertórios diferentes para a sua sala de aula!
